quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pedal de guitarra valvulado: uTube Drive

Um pedal de efeito que vai do crunch ao fuzz com o brilho característico das válvulas




Pedal montado sob encomenda! Entre em contato comigo publicando aqui nos comentários!!!


Introdução

Todo guitarrista busca o 'timbre perfeito'. Afinal, o que seria do Rock 'n' Roll sem as guitarras distorcidas?
Mas de onde vem a distorção, esse efeito que virou o som característico do rock e tudo o que veio dele?
Esse timbre distorcido nada mais é que o resultado da saturação eletrônica, do ganho excessivo nos amplificadores. É praticamente um 'defeito' da etapa de pre-amplificação dos aparelhos. Mas caiu no gosto, deu identidade ao rock na sua natureza contestadora.
Isso ainda nos tempos onde só existiam valvulados, embora transistores também sofram do mesmo mal. Inclusive, o 'defeito' rapidamente virou 'efeito' e essa característica ficou presente em praticamente todos os amplificadores de guitarra.
Só que válvulas saturadas distorcem de um jeito, transistores de outro. E o som que mais se busca é o da distorção da válvula.
Amplificadores valvulados estão no mercado há décadas, mas são pesados demais, volumosos. Quem tem que levar o próprio equipamento ao palco sabe bem como é isso.
Mas o som distorcido dos transistorizados é diferente, o 'brilho' não é igual. Ganhamos em tecnologia, mas perdemos algo da característica básica.
Simuladores existem, de qualidades diversas, desde sofrível até muito convincentes. Mas... nada como uma distorção original, verdadeiramente valvulada.

Aí vem a questão: E se tirarmos a distorção valvulada do amplificador e a colocarmos num pedal?
Sim, um pedal pequeno, portátil, leve... Mas os bons são caríssimos e os baratos são... bem, são baratos por algum motivo, certo?
É daí que vem esse projeto, a busca de se ter o som de um pré valvulado, com uma distorção bacana, em qualquer amplificador e a um preço honesto.
Características
No assunto eletrônica, válvulas costumam trabalhar em tensões altas e, a não ser que se use transformadores de isolação (pesados e volumosos), isso apresenta um perigo potencial. Além disso, o melhor é sempre usar alimentação simétrica, ou seja, uma linha com tensão positiva e outra com tensão negativa. Basicamente, se consegue isso usando fontes com transformadores (pesados e ruidosos).

Esse projeto resolve todos esses problemas com componentes que se encontram no mercado nacional e de montagem relativamente simples, funcionando bem até com uma fontezinha de 12V-AC 500mA.
A miniaturização da placa foi atingida com uso de componentes miniatura e placa dupla-face.

As principais características do projeto são:
  1. Utiliza transformador 12V AC na entrada. Internamente, é retificada e regulada para 12V e -12V com ripple inferior a 100mV. Mesmo com o ganho no máximo e o volume do amplificador também no máximo, ele é extremamente silencioso;
  2. Possui uma etapa pré-amplificadora baseada em eletrônica analógica usando amplificador operacional de baixo ruído;
  3. A distorção é realizada por uma válvula 12AX7, fartamente encontrada no mercado e de diversos fabricantes, cada uma com um 'sabor' diferente;
  4. Possui controles de ganho, volume, graves e agudos, todos 'up to eleven';
  5. True Bypass: quando o pedal está sem uso, o sinal atravessa da entrada para a saída sem passar por nenhum componente, somente pela chave foot switch;
  6. Visual Vintage bem anos 70.


Protótipo
Vejam algumas fotos da montagem e testes do protótipo:
Protoboard: Mesmo numa montagem inicial, já mostrou a que veio...
Produção artesanal da placa de circuito impresso
Fonte pronta, já 'acendendo' a válvula

Primeiro teste. Um sucesso!



Comentários de alfa-testes:
"Pedal muito versátil e dinâmico: vai do 'crunch' ao 'fuzz'. Testei o pedal em dois amplificadores: um Mesa Boogie "Nomad 45" (all tube) e um Vox "Patchfinder 15" (transístor). Também utilizei ele ao lado de alguns pedais analógicos e ao lado de um multi-efeito digital. Gostei muito! Responde muito bem aos ajustes e com isso, temos infinitas possibilidades de timbre.- High: O 'high", quanto mais fechado estiver, libera um médio que eu acho fundamental pra definir a guitarra, em meio a outros instrumentos, sem agredir os ouvidos. Quando o potenciômetro de agudo passa do 5, começam a vir frequências "altas" de agudo, ideais pra quem gosta daquele som "rasgado" de guitarra. 
- Low: O potenciômetro "low", quanto mais aberto estiver, também libera um médio (porém, essa é uma frequência de "médio grave") que também ajuda a definir e encorpa o timbre. 
- Drive: Até a região de 5,5 o pedal se comporta como um belo overdrive de amplificador vintage valvulado, que somado a pouco "high" (potenciômetro na região de 1 a 3) e bastante "low" (na região de 9 a 11), libera um timbre bem característico de de ampli "britânico" clássico. Quando o "drive" passa do 5,5 a saturação da válvula libera um timbre característico de "Fuzz".
É muito importante destacar que essa é a MINHA visão sobre o pedal. Os controles são bem sensíveis e isso torna o pedal um aparelho muito versátil, capaz de mudar da água para o vinho através de pequenas mudanças de ajustes e combinações.
" -Marcos Bonato, guitarrista profissional

"Por esses dias encontrei com o Luiz, o cientista de plantão, e ele me pediu que testasse a sua mais recente invenção. Esclareci que faria com prazer, desde que não fosse nada radioativo, ou que interferisse no meu código genético. Ele me disse que não era o caso e que se tratava somente de um pedal de guitarra. Não subestimem o Luiz, mesmo um inocente pedal de guitarra pode ser motivo bastante para alguns russos invadirem sua casa, reivindicando a restauração original da órbita de um satélite. Pois bem, assumi o risco do negócio e testei o pedal. Vamos lá: É muito bem construído, de aparência elegante, com visual limpo. Ao ligar o pedal percebi que não há qualquer chiado, funciona muito bem até mesmo com uma fonte aparentemente simples. Fato muito positivo. O pedal respeita o som do instrumento e não rouba sinal, mesmo desativado. Os controles são precisos e realmente funcionam para alterar profundamente os agudos e elegantemente os graves. O ganho também atua muito bem. Quanto ao som, realmente, surpreende pela clareza, e imprime uma distorção que lembra a de um ampli valvulado em alto volume, indo até uma distorção mais forte, que lembra a de um pedal de fuzz. Me fez lembrar alguns timbres do Clapton, Stones, e, se colocar antes dele um compressor e, após, um delay, consegue-se obter um timbre legal que lembra alguns sons do Gilmour. O pedal testado não comprime o som, o que, a meu ver, é muito legal e possibilita uma gama muito maior de aplicações. Pois bem. Aliviado por não ter sido teletransportado para outro mundo ao ligar o aparelho do Luiz, o cientista, quero deixar aqui registrado que saio com uma ótima impressão" - José Petruz Junior (Juca), guitarrista de plantão
Obs: Meus agradecimentos pessoais ao Carlos Massucato, responsável pela gravação do vídeo, e ao Juninho Eliel pela 'canja' na guitarra, demonstrando algumas das possibilidades do pedal.

Link para o vídeo no youtube: https://youtu.be/PnwOSk1w_Fw