Há tempos filosofo sobre meu próprio perfil. Já fui considerado nerd, geek, doido ou a simples generalização disso tudo: 'estranho'.
"Estranho" é uma maneira complicada de se qualificar alguém. Afinal, estranho como? Nos locais onde é proibida a entrada de pessoas estranhas eu seria barrado?
Quando você diz que algo é ou está estranho é um indicativo de que esse algo não vai bem e o melhor é manter distância, certo? Tipo "essa maionese está estranha..." ou "o reator nuclear está com um barulho estranho...". Estranho, nesse contexto, é o mesmo que perigoso.
Na melhor das hipóteses, eu seria o 'louco manso', alguém que deve estar livre mas sob olhar atendo. Em caso de qualquer 'piora', devo ser reclassificado de 'louco de grade' e trancafiado, certo?
Sei lá... De qualquer modo, eu também me acho estranho. O boi na fila do matadouro querendo ir no sentido contrário também é estranho, mas confesso que me simpatizo com o infeliz. Eu não faço ideia de nenhum nome dos últimos 10 ou 11 BBBs, não assisto novela nem Faustão ou Sílvio Santos vem aí la lá, la la la la, não acredito em astrologia nem em cristais, duendes ou anjos que interferiram diretamente nas vidas das pessoas. Curto ver Discovery Channel, sinto uma simpatia enorme por personagens como Dr House ou os caricatos físicos do The Big Bang Theory (pelo menos essa característica compartilho com muitos).
É... pelo jeito sou estranho mesmo. Já ouvi certa vez, lá nos idos dos anos 80, que me classificaram assim: -"O Luiz? ele é legal, gente boa, mas sabe como é... daqueles estranhos que assistem TV Cultura".
Gosto de programar em linguagem de máquina e C++, curto rock progressivo e de tocar guitarra. Já pilotei planadores, inventei robôs autômatos entre outras máquinas eletrônicas e mecânicas, construí meu próprio telescópio, um pedal de guitarra e uma guitarra eletrônica para minha filha tocar no Guitar Hero, compatível com PlayStation2. Faço pizza em casa para os amigos e Limoncello (modéstia a parte, ótimo!). A vida toda sonhei em ir pra Lua, tocar saxofone, pilotar helicópteros e aprender mandarim...
Esse perfil é de alguém sempre em busca de aprender novas coisas. É o perfil de explorador.
E exploradores sempre estão em busca de algo que perderam. Raramente a encontram e ainda mais raro o prazer de encontrar supera o da busca. Cientistas são exploradores.
É por isso que me simpatizo pelos personagens solitários, excêntricos. Não pela excentricidade em si, mas por conseguir observar neles essa inquietude característica dos exploradores, a sensação de não ser compreendido.
E também - e um pouco infelizmente - compartilhar com eles essa sensação de ser solitário, na essência.
É isso aí... O Lutcho é gente boa, mas sei lá, ele é meio estranho...
Você viu o anúncio do Googleads ali em cima???
ResponderExcluirTudo a ver com o outro post. Não sei não, isso deve ser um tremendo marketing para se lançar como um novo "Omar Cressoni Cardoso" rsrsrs
Não vi o anúncio, a coisa é dinâmica... Mas em qualquer caso, dá uma clicada e ajude o Lutcho a por gasolina azul no Jet Ski rsrssrss!
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